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sábado, 19 de novembro de 2005

O desenho fala?

Maria Inês Barreto Netto

                                                     “O desenho fala,
                                                     chega mesmo a ser uma espécie de escritura,
                                                     uma caligrafia.”
                                                                                                             Mário de Andrade

O desenho é a primeira escrita da criança. “O desenho como possibilidade de brincar, o desenho como possibilidade de falar, marca o desenvolvimento da infância, porém, em cada estágio, o desenho assume um caráter próprio” (Moreira, s/d, p. 26).

A primeira etapa é um exercício de movimentos no material no qual a criança “rabisca” sem intenção alguma de representar qualquer coisa; é o controle, o domínio das mãos e do objeto usado para desenhar – são as garatujas. Movimentos longitudinais que “vão se arredondando, tornando-se circulares, se enovelando, se espiralando. Em seguida, esta espiral-novelo começa a se destacar e surgem os círculos soltos, ‘as bolinhas’” (ibid., p. 30).

Com as “bolinhas”, as garatujas começam a representar algo, começam a ganhar nomes – embora variem de acordo com o momento e com quem pergunta – e a se diferenciar no papel, mas ainda indiferentes à cor.

Aparecem, a seguir, as formas fechadas, com interior, desorganizadamente distribuídas no papel, porém com cores e formas diferentes. O desenho, agora, começa a ser um jogo, uma linguagem de representação e expressão.

A criança começa a contar histórias por meio do desenho. Não um enredo completo de uma história e, sim, aspectos significativos do que ela quer simbolizar. Não são formas realísticas. A criança não faz um “retrato” do que vê. A distribuição espacial na superfície de desenho do que ela quer simbolizar, portanto, não é regida, necessariamente, pela estruturação espacial da realidade. O desenho passa a ser uma maneira de falar. O desenho pode ser lido.

Nas interações sociais, a criança começa a elaborar as possibilidades de desenhar a fala também e percebe que para isso ela precisa usar formas diferentes. Vendo que se lê onde não existe o desenho característico, ela passa a prestar atenção nessas formas desenhadas. O desenho nessas formas diferentes – a escrita – simboliza uma outra linguagem.

O ato de desenhar, portanto, é fruto de uma criação pessoal, muito particular, na qual não cabem modelos ou comparações, nem ensino de formas e traços. “Nas crianças, o criar – que está em todo seu viver e agir – é uma tomada de contato com o mundo, em que a criança muda principalmente a si mesma” (ibid., p. 38). Então, a professora é a mediadora entre a criança e o mundo no espaço escolar para essa criação pelo desenho. A escola é o local onde a criança se apropria das “coisas do mundo” representando e expressando, promovendo o processo de aprendizagem-desenvolvimento da criança.

Referência bibliográfica

MOREIRA, A. A. A. O espaço do desenho: a educação do educador. São Paulo: Loyola, s/d. 128 p. (Coleção espaço, v. 4)

sexta-feira, 18 de novembro de 2005

Linguagens


Pintar, desenhar, modelar, montar, construir coisas, dramatizar, cantar, dobrar papel, quantificar, ler, escrever, falar, imitar, copiar... são modos que usamos para representar e expressar o mundo do imaginário, o mundo dos sentimentos e das emoções, o mundo do conhecimento (em todas as suas variações), o mundo aparente, o mundo real... interagindo... inter-agindo.

A criança vive esse processo em etapas, fases ou estágios dialéticos. Conhecer, então, o modo como a criança pensa é fundamental para quem com ela vai trabalhar. Sem perder de vista a complexa teia tecida nessas e por essas linguagens, refletirei um pouco sobre desenho, escrita, quantificação, jogo e brincadeira como linguagens na educação infantil.

A "boniteza" dos muitos brasis


Eis aí um texto que nos foi enviado pela Anésia, leitora e amiga do EntreTextos...

Freire (1997), criou a expressão “boniteza” uma palavra que encerra encantamento e respeito por sua origem. Com um sotaque nordestino em um falar calmo, repleto de serenidade, paciência e tolerância, este educador brasileiro reconhecido internacionalmente, nunca apequenou a vida. Dizia que educar não é uma proposta de escola, mas sim, uma proposta de vida.
(...)
Este artigo é, portanto, um registro do aprendizado que o Programa Alfabetização Solidária possibilitou aos sujeitos acadêmicos na parceria PAS/FAMATh.

Clique aqui e leia o texto na íntegra.